Escute esse post:

O papel das mulheres no cristianismo e na Igreja Católica é essencial: começa com a Virgem Maria, que acolheu o chamado divino de dar à luz o filho de Deus e nosso salvador, Jesus Cristo. Depois dela, há uma série de mulheres inspiradoras, santas, que melhoraram nosso mundo. Conheça abaixo oito delas: mulheres importantes para a Igreja Católica.

 

Madre Teresa de Calcutá

Nascida Anjezë Gonxhe Bojaxhiu na atual Macedônia do Norte, Madre Teresa de Calcutá é sinônimo de bondade e compaixão. Ainda jovem, com 18 anos, deixou seu país em direção à Índia, onde viveu, fundou a congregação das Missionárias da Caridade e cuidou das pessoas mais à margem da sociedade. 

Inicialmente viveu em um convento na cidade indiana, mas logo deixou o lugar para atender aos pobres que vivem nas ruas de Calcutá. Com o tempo, muitas mulheres se uniram à sua congregação Missionárias da Caridade, que se espalhou pelo mundo.

Hoje, a organização conta com mais de quatro mil integrantes em 133 países e atende, principalmente, refugiados, leprosos e órfãos. Por seu trabalho impressionante, Madre Teresa recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1979. 

 

Teresa de Ávila

Outra famosa Teresa da Igreja Católica, Teresa de Ávila foi essencial para a reforma da instituição quando a Reforma Protestante acontecia. Ela foi a primeira mulher a receber o título de Doutora da Igreja, e muito de sua produção literária é referência até hoje para o misticismo cristão. 

Reformadora da ordem carmelita, Teresa de Ávila foi monja de clausura e fundou 17 conventos em 20 anos. Uma mulher revolucionária como ela levantou suspeitas durante a Inquisição, que a investigou e a classificou como “inquieta e andarilha”. 

 

Luísa de Marillac

Fundadora das Filhas da Caridade, a francesa Luísa de Marillac é prova da resiliência feminina. Quando jovem, já tinha interesse em seguir a vida religiosa, mas foi enganada por seu tutor e forçada a se casar com um homem de posição proeminente na corte francesa. 

Quando ficou viúva 12 anos depois, o padre Vicente de Paulo a convidou para dirigir os serviços de caridade realizados por um grupo de senhoras que ele conhecia. Depois de anos neste processo, Luísa de Marillac e outras quatro integrantes fizeram votos e fundaram a organização Filhas da Caridade, a primeira de mulheres consagradas fora do clausuro. 

A organização tem “por mosteiro a casa do doente, por cela um quarto de aluguel, por claustro as ruas da cidade ou as salas dos hospitais”. Durante 18 anos, Luísa levou a organização a 30 cidades. 

 

Irmã Dulce

A primeira brasileira desta lista nasceu em 1914, em Salvador. Desde jovem, com 13 anos, Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes atendia doentes no portão de sua casa. Já freira, com autorização de sua superiora, transformou um galinheiro ao lado do convento em espaço para atender seus primeiros pacientes oficiais — 70 pessoas — quando não tinha para onde levá-los. 

De um simples galinheiro surgiu o maior hospital da Bahia. Este foi o marco que fundou, de fato, sua organização Obras Sociais Irmã Dulce (OSID) em 26 de maio de 1959. Irmã Dulce, hoje santa pela Igreja, é exemplo de bondade, resiliência e amor. A OSID abriga um dos maiores complexos de atendimento 100% SUS do país, com quase 4 milhões de pacientes atendidos por ano. 

 

Irmã Dorothy Stang 

Dorothy Mae Stang nasceu nos Estados Unidos mas tinha alma latinoamericana: se naturalizou brasileira depois de chegar em 1966 ao país e começar seu trabalho de ministério aqui. A segunda brasileira da lista se estabeleceu em Coroatá, no Maranhão, onde trabalhou incessantemente em projetos de reflorestamento.

Junto a trabalhadores que na época construíam a Transamazônica, buscou minimizar conflitos fundiários, enquanto também liderava projetos de geração de renda para a população marginalizada. 

Membro das Irmãs de Nossa Senhora de Namur, da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) desde seu início, o trabalho da Irmã foi conhecido mundialmente. Infelizmente, foi assassinada em 2005. 

 

Zilda Arns

Zilda Arns é um verdadeiro patrimônio brasileiro. Sanitarista e médica pediatra, é fundadora da Pastoral da Criança, organização hoje presente em todo Brasil e em outros 21 países. 

Em 1983, com Dom Geraldo Majela Agnello, anteriormente Arcebispo de Londrina, deu início aos trabalhos sociais da organização, que é responsável por promover saúde, educação e cidadania para milhões de brasileiros. 

Dra. Zilda Arns fundou também a Pastoral da Pessoa Idosa, que conta com 17 mil voluntários e é responsável por cuidar de 140 mil pacientes por mês no Brasil. Zilda era incansável e estava sempre envolvida em esforços mundiais para os menos favorecidos: em 2010, durante uma visita ao Haiti, faleceu vítima do terremoto. 

 

Virgem Maria, nossa Boa Mãe

Nossa Senhora, Virgem Maria Altíssima, abençoada por Deus para trazer seu Filho ao mundo e nos dar a salvação. Maria demonstrou fé, alteridade, determinação e força diante do trabalho mais importante do mundo. Ela foi a escolhida. Não poderia ser outra. Seu apoio e devoção a Jesus contribuíram para seu caráter e para que ele se tornasse o homem que foi. 

“Minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, pois atentou para a humildade da sua serva. De agora em diante, todas as gerações me chamarão bem-aventurada, pois o Poderoso fez grandes coisas em meu favor; santo é o seu nome. A sua misericórdia estende-se aos que o temem, de geração em geração. Ele realizou poderosos feitos com seu braço; dispersou os que são soberbos no mais íntimo do coração. Derrubou governantes dos seus tronos, mas exaltou os humildes. Encheu de coisas boas os famintos, mas despediu de mãos vazias os ricos. Ajudou a seu servo Israel, lembrando-se da sua misericórdia para com Abraão e seus descendentes para sempre, como dissera aos nossos antepassados”. Lucas 1:46-55

 

Leia Mais: 

Maria, inspiração no serviço ao próximo

Presença Amorosa da Boa Mãe