Água da Rocha é um documento que compartilha os valores da espiritualidade Marista. Nele, podemos navegar pela história de Marcelino Champagnat e compreender como seu modo único de amar a Deus deu origem a um legado de mais de 200 anos. Dessa forma, ler esse documento significa não apenas resgatar a história, como também alimentar e fortalecer esse modo próprio de viver a espiritualidade. Em seguida, destacamos alguns trechos e aprendizados inspiradores do documento.
Primeiramente, o que significa “Água da Rocha”?
O título “Água da Rocha” homenageia a história de Marcelino Champagnat e faz alusão à casa de L’Hermitage, construída por Marcelino com uma rocha que havia cortado. Semelhantemente, a água faz alusão ao riacho de Gier, uma fonte importante para a comunidade da época.
A casa de L’Hermitage começou inicialmente como mosteiro e espaço de formação para os Irmãos. Posteriormente abrigou também o centro de uma rede de escolas primárias.
Como surgiu e quem escreveu o “Água da Rocha”?
A preciosa herança espiritual deixada por Marcelino Champagnat foi cultivada, alimentada e atualizada por muitas gerações até os dias de hoje. Sobretudo seguindo o modo marial e apostólico. Dessa forma, em um determinado momento surgiu a necessidade de levar esses valores à frente. Tornando-os familiar para o laicado e também para todos aqueles que se identificam com a espiritualidade de Champagnat.
Então, em 2001 surgiu oficialmente o “Água da Rocha”. O documento foi liderado pelo Superior Geral Irmão Seán D. Sammon e escrito a muitas mãos. O arquivo foi baseado em diversos documentos históricos, como os escritos dos primeiros Irmãos após a morte de Champagnat.
Uma espiritualidade nascida da própria experiência de Marcelino
Logo no primeiro capítulo, o documento apresenta a essência da espiritualidade Marista. Além disso, também descreve a origem do carisma de Marcelino Champagnat ao lado dos primeiros irmãos.
“Vivemos a espiritualidade cristã de um modo marial e apostólico próprio. É uma espiritualidade encarnada, inspirada em Marcelino. Ela foi desenvolvida pelos primeiros Irmãos, que a transmitiram a nós, qual herança preciosa.”, trecho retirado da publicação Água da Rocha
Em seguida, são destacadas as principais características dessa espiritualidade.
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A presença e o amor por Deus
Marcelino e seus discípulos viveram, acima de tudo, um amor incondicional a Deus. Partilhar de sua espiritualidade, portanto, significa estar próximo ao Pai. Isto é, se sentir amado e com a certeza que Ele sempre estará ao nosso lado.
Neste texto, nós detalhamos alguns hábitos que ajudam nesse processo.
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Confiança em Deus
Outra virtude de Champagnat que nos inspira foi a sua confiança em Deus. Antes de tudo, teve humildade em reconhecer suas limitações e confiar no Pai para guiar seu caminho.
“Inspirados na experiência de Marcelino, aceitamos os mistérios da vida com muita confiança, abertura e generosidade.”
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Amor a Jesus e ao Evangelho
O amor por Jesus não apenas levou Marcelino ao encontro de sua vocação, como também se tornou o centro de sua missão.
“Tornar Jesus conhecido e amado: eis o sentido da nossa vocação e a finalidade do Instituto. Se falharmos nesse propósito, nosso Instituto será inútil.”
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Do jeito de Maria
Igualmente, Maria sempre esteve ao lado de Jesus no coração de Marcelino. Esse amor o levou a um jeito único de viver sua espiritualidade e nos inspira a contemplá-la e segui-la como modelo.
Neste texto, citamos as 8 virtudes de Maria.
“O relacionamento de Marcelino com Maria, a quem se referia como a “Boa Mãe”, foi marcado por profunda afeição e total confiança, pois estava plenamente convencido de que o projeto que empreendera, na verdade era dela.”
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Espírito de família
Os primeiros seguidores viam em Marcelino um irmão mais velho e até mesmo um pai. Viviam sobretudo uma convivência de afeto, união e compreensão. Até mesmo a maneira de se referirem uns aos outros era familiar. Daí então surgiu o pilar de espírito em família.
“Marcelino estimulava os Irmãos a terem, entre si e com seus educandos, um relacionamento inspirado no convívio amoroso entre pais e filhos, no aconchego familiar.”
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Uma espiritualidade de simplicidade
Muito da espiritualidade de Marcelino foi moldada por sua própria personalidade. Ele era visto como um homem humilde, aberto, justo e atento aos mais vulneráveis.
“A humildade, herança de Marcelino e dos primeiros Irmãos, está no cerne de nossa espiritualidade. Ela se manifesta na simplicidade de atitudes, especialmente na maneira de nos relacionarmos com Deus e com os outros”
“Aceitamos as pessoas como elas são e nos aproximamos delas com sinceridade e generosidade, procurando sempre saber como se sentem conosco”
Esses são apenas alguns dos trechos da Água da Rocha. Sem dúvidas, é um documento muito rico e que nos dá a oportunidade de aflorar e amadurecer a nossa espiritualidade. Por fim, queremos te convidar a visitar essa história e caminhar junto conosco na partilha desse carisma. O documento está disponível aqui.