Em um mundo acelerado, inconstante e ansioso, é crucial que os jovens tenham segurança e fé, que estejam na Igreja. Mas esse se tornou um desafio de congregações ao redor do Brasil: como competir com os infinitos e variados atrativos do mundo moderno e aproximar os jovens da Igreja?

Você pode escutar esse post, em formato de audiopost. Basta clicar no play abaixo:

Primeiro Passo: Entender os Jovens

 

Para conseguir atrair os jovens para a Igreja é preciso, antes de qualquer coisa, entendê-los. Não se pode aplicar a mesma abordagem usada para adultos, ou para cristãos que estão há muito tempo envolvidos na Igreja. 

 

Olhando para seus interesses, a geração atual é preocupada com igualdade, justiça social, política, direitos iguais. São também mais abertos, ligados à família e amigos, mas com relacionamentos de igual para igual. Buscam se conectar às causas que consideram importantes, querem mudar o mundo e acreditam que isso é possível.

 

Além disso, são ligados à tecnologia, estão conectados 24 horas por dia, sabem sempre do que está acontecendo e não têm medo de professar suas opiniões sobre assuntos variados. Todas essas informações são essenciais para conseguir atrair jovens para a Igreja: é com base nelas que se pode construir uma abordagem de sucesso e mostrar para os jovens que a Igreja é seu lugar.

 

Segundo Passo: Comunicação

 

Em Provérbios 22:6, encontramos “Instrua a criança segundo os objetivos que você tem para ela, e mesmo com o passar dos anos não se desviará deles”, um lembrete sobre a importância da comunicação entre pais e filhos. O mesmo é válido para adolescentes e jovens. 

 

No entanto, é essencial entender como se comunicar com eles, buscando uma conexão e uma identificação com suas questões, desejos e inseguranças. É importante não julgar ou recriminar suas atitudes e aflições, mas acolhê-las. Praticar a escuta ativa, a empatia. 

 

Uma comunicação efetiva passa pelas características da comunicação não-violenta, é atual e adaptada ao mundo de hoje, e, acima de tudo, alcança todos sem distinção. 

 

Terceiro Passo: Atividades na Igreja

 

Depois de entender os desejos e as necessidades dos jovens, como eles pensam, o que buscam e pelo que lutam, é possível se comunicar com eles de maneira efetiva. Se eles se sentem à vontade, acolhidos e amados na Igreja, vão querer voltar. Mas para isso acontecer, a Igreja também precisa ser deles.

 

É claro que a mensagem de Jesus Cristo e os ensinamentos de Deus permanecem os mesmos durante os anos, mas a Igreja deve se adaptar às novas gerações: tanto para sobreviver como para que os jovens possam seguir a vida cristã consagrada. 

 

Para isso, as atividades de jovens devem ser criadas e conduzidas por eles mesmos. As Igrejas devem dar liberdade para que eles possam criar, sonhar e viver o reino de Deus na Igreja, de maneira que eles entendam e consigam se identificar. Pouco adianta realizar uma novena tradicional se os jovens não conseguem ver sentido naquela atividade. É por isso que iniciativas como a Pastoral Juvenil Marista são essenciais: elas permitem que os jovens se envolvam e se doem à Igreja da melhor maneira que conseguem se conectar a Deus. 

 

Saiba Mais

Como falar sobre empatia com as crianças

Como ensinar as crianças a serem solidárias