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Somos interdependentes e fomos feitos para isso: viver em comunidade. Se entendemos que temos uma casa comum e somos responsáveis pelo outro, somos solidários. Este entendimento deve começar cedo, nos primeiros anos de vida, em todas as esferas da vida. Então, como trabalhar a solidariedade na escola?

 

Solidariedade para a Igreja

Para o Papa Francisco, solidariedade “significa muito mais do que alguns atos esporádicos de generosidade, é muito mais, supõe a criação de uma nova mentalidade que pense em termos de comunidade, de prioridade da vida de todos sobre a apropriação dos bens por parte de alguns. Isso significa solidariedade. Não é só questão de ajudar os outros, isso é muito bom fazer, mas é mais. Trata-se de justiça.”

 

Para a Igreja, a solidariedade é mais do que um conceito, é um valor que permeia todas as ações do cristão. É o valor que aparece no olhar amoroso para com o próximo, o respeito com as diferenças, a ação em prol da igualdade entre todos.

 

A solidariedade é pilar basilar Marista na missão por formar cidadãos éticos e solidários que sigam para transformar a sociedade, atuando pelo bem comum e criando oportunidades para todos, igualmente. 

 

Solidariedade na escola

Talvez estes conceitos pareçam distantes quando pensamos em ensiná-los a crianças. Mas a verdade é que, ao observar os pequenos, nota-se que são totalmente predispostos à vida em comunidade, solidária e igualitária.

 

O instinto humano é o amor. Se incentivado, ele só floresce.

 

Então o papel da escola é incentivar os instintos de amor e ética das crianças, enquanto ensina conceitos, estimula ações e explica a importância do comportamento solidário para uma realidade mais fraterna. Como trabalhar a solidariedade na escola? Veja abaixo cinco ideias simples: 

 

1. Converse sobre solidariedade

O primeiro passo é falar sobre o tema. Solidariedade pode ser tema de aulas de português, história; pode aparecer durante a prática de esportes na educação física, pode ser temática de dinâmica, trabalho em grupo, atividade extracurricular.

 

Dependendo do nível da turma, pode ser discutido em debates, palestras, eventos. O importante é falar sobre. Destacar sua importância, indispensabilidade para uma sociedade igualitária, fraterna e mais feliz. 

 

2. Trazer o conceito à prática

Solidariedade é algo que se aprende na prática, pois é na ação que seu impacto mais aparece. Promover exercícios diários que permitam que as crianças entendam de maneira clara e assertiva como e por que a solidariedade funciona é essencial para a compreensão do conceito.

 

Para crianças pequenas, isso pode ser compartilhar um brinquedo com um colega. Para outras, ajudar um companheiro de classe com uma matéria ou tarefa de casa. E, para os mais velhos, desenvolver um projeto de impacto social.

 

Os exemplos são variados: é simples demonstrar o impacto da solidariedade no dia a dia. 

 

3. Praticar a empatia

A palavra dos últimos anos foi, com certeza, “empatia”. Em um mundo adoecendo e sofrendo de tantas maneiras, colocar-se no lugar do outro é qualidade essencial de um bom cidadão, profissional — ser humano.

 

Outra cuja prática deve começar cedo, a empatia precisa ser ensinada às crianças. Como mencionado, o instinto já existe, só precisa ser estimulado. Uma maneira simples de explicar o conceito é falar sobre a pluralidade: como somos todos diferentes, mas temos os mesmos desejos. E também como as diferenças devem ser respeitadas, e devemos amar o próximo independentemente de sua origem, classe social, condições de vida, cor de pele.

 

4. Incentivar o engajamento em causas sociais

O trabalho voluntário é uma das formas mais lindas de demonstração do amor ao próximo. Se todos doassem um pouco de seu tempo a ajudar os menos favorecidos, o mundo seria, sem dúvida, mais fraterno e igualitário.

 

Não precisa ser complicado: a escola pode, já com os pequenos, começar com ações simples e pontuais, sempre lúdicas. Brincadeiras que têm no seu cerne o voluntariado, a compaixão.

 

Para os mais velhos, é fácil tornar projetos sociais parte do currículo escolar. Um trabalho em grupo pode envolver uma organização da cidade. Uma dinâmica bimestral pode ter temática voluntária. Para as atividades extracurriculares, o céu é o limite.

 

O importante é tornar o voluntariado um hábito. Formar cidadãos que entendam que doar seu tempo é algo que devem e amam fazer. 

 

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