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Os professores são parte essencial da vida de seus alunos: independentemente se crianças ou adolescentes, o relacionamento com os mestres em sala de aula impacta diretamente suas personalidades e formação — não só acadêmica. Trabalhar a espiritualidade na sala de aula pode ser um desafio, mas há vários caminhos possíveis. 

Esta contribuição na formação de indivíduos generosos e bons cidadãos vai muito além do que ensinar física ou literatura: toca, principalmente, em valores que formam a fundação do caráter. É provável que você não lembre como aplicar a fórmula de Bhaskara mas com certeza pode citar vários momentos em que um professor disse ou fez algo marcante. 

É essencial, então, que este trabalho seja levado a sério – afinal, a educação é o meio para formar cidadãos virtuosos – e trate, também, de algo essencial para a vida: a espiritualidade.

A espiritualidade é a conexão com si mesmo e com o divino, com a vida e o amor. Veja, não apenas por meio de religião, religiosidade e rituais, mas através de ações cotidianas e frequentes do dia a dia. 

Crianças e sua vida espiritual

O deslumbre de uma criança diante do novo nada mais é do que sua reverência diante do divino e do amor: isso faz com que ela tenha olhos que vêem o invisível e uma atenção sublime ao que está diante de si. 

 Esta comunhão atenta com o mundo é fundamental para uma vida plena e feliz – algo que pode ser perdido facilmente com o tempo, e que tantos adultos seguem tentando recuperar.

O trabalho do professor em sala de aula é também, então, estimular essa predisposição de seus jovens alunos; mergulhar no momento e estar presente, usando o cenário comunitário para tratar de assuntos relevantes. 

Valores universais como a compaixão, empatia e senso de comunidade podem ser facilmente trabalhados com atividades lúdicas, em grupo ou duplas, com exercícios e jogos que estimulem os alunos a se colocarem uns nos lugares dos outros. 

Atenção plena e o caminho para a paz

Não é apenas com práticas religiosas que se trata a espiritualidade – essa percepção equivocada pode, inclusive, dificultar a abordagem do tema com alunos adolescentes, por exemplo.

A atenção plena, ou mindfulness, por exemplo, é uma opção. Empresas ao redor do mundo têm empregado esta técnica para diminuir níveis de ansiedade e estresse de seus funcionários, estimular o contato de cada um consigo mesmo e melhorar, de maneira geral, os índices das organizações.

A ideia de, em silêncio, tentar acalmar a mente e respirar de maneira intencional é milenar: uma série de culturas e religiões a tem como prática frequente. Meditação, oração, mantra… são muitos nomes diferentes para o mesmo objetivo: conectar-se a si mesmo e ao divino.