Durante sua vida, São Marcelino Champagnat escreveu inúmeras cartas. Foram escritos a párocos, prefeitos, autoridades de diversas instituições e Irmãos Maristas, também. Nelas, encontramos mensagens de esperança, espiritualidade, amor e fé. Abaixo, veja oito inspirações para os dias de hoje, diretamente das Cartas de Marcelino. 

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Carta 339, de Maio de 1840

Digne-se o bom Deus proporcionar a seu zelo os recursos para realizar obra tão importante e necessária e, a nós, o meio de corrermos em auxílio de seus caridosos projetos.

 

Nesta carta, Marcelino expressa de maneira concisa e clara o chamado da vida cristã. Com Deus zelando por sua obra, fornecendo todos os recursos necessários, cabe a nós agirmos em Seu nome na Terra. 

 

Madre Teresa de Calcutá disse, famosamente, que antes rezava para que Deus mudasse as coisas, até que entendeu que deveria rezar para que Ele desse forças para que ela fosse a mudança. Na Carta 339, Marcelino diz que nós temos o meio de auxiliarmos os projetos divinos. 

 

Nós, cristãos, somos os responsáveis pela obra de Deus na Terra. 

 

Carta 14, de Janeiro de 1830 

Como é grande e sublime o trabalho que vocês fazem! Vocês estão continuamente em companhia daqueles com os quais Jesus se comprazia… 

 

A missão Marista é educar crianças e jovens por meio do amor de Jesus, seguindo o exemplo de Maria, Nossa Boa Mãe. O trecho acima, da Carta 14, pode ser relacionado aos professores, que dedicam suas vidas ao cuidado e ao ensino do próximo. 

 

É um lembrete de que aqueles que desempenham um trabalho honrado, nobre e altruísta estão sempre honrando Jesus no seu dia a dia. 

 

Carta 19, de Janeiro de 1831 

Eu considero a todos vocês como meus filhos queridos em Jesus e Maria e que, pelo carinhoso nome de pai com qual vocês me chamam, trago a todos bem no fundo de meu coração. 

 

Nesta Carta, Marcelino demonstra seu amor e afeto por aqueles que estavam na sua vida. Mostra em poucas palavras como é importante carregar aqueles que mais amamos no nosso coração, sempre lembrando de Jesus e tudo que Ele nos ensinou. 

 

Carta 19, de Janeiro de 1831

Ânimo, meu caro amigo, veja como seu trabalho é precioso diante de Deus. Grandes santos e homens notáveis se ufanavam por estarem desempenhando uma tarefa tão preciosa aos olhos de Deus e de Maria. “Deixai vir a mim as criancinhas, pois a elas pertence o céu.

 

O incentivo de Marcelino a seu amigo nos serve nos dias de hoje: quantas vezes queremos desistir, estamos cansados e questionamos tudo ao nosso redor? Nestes momentos devemos lembrar que nosso trabalho é importante aos olhos de Deus — que vivemos para servi-Lo, e que Ele é fonte eterna de esperança. 

 

Carta 19, de Janeiro de 1831

Você tem em mãos o sangue precioso de Jesus Cristo. Depois de Deus é a você que seus numerosos alunos ficarão devendo a salvação. Toda a vida deles será o eco daquilo que você lhes tiver ensinado. Esforce-se, não poupe nada para formar à virtude dos seus corações juvenis. Faça ver a eles que nunca serão felizes sem a prática da virtude, sem a piedade, sem o temor de Deus; que não há paz para o ímpio. Somente Deus pode dar-lhes a felicidade, que é para ele que foram criados. Quanto bem você pode fazer, meu amigo!

 

Este trecho da carta 19 é um exemplo perfeito da força motriz do Instituto Marista. Nele, Marcelino reforça a importância da educação de jovens e crianças através do amor de Jesus, da virtude, da piedade, da fé em Deus para a felicidade eterna. Lembremos disso todos os dias, como Marcelino já o fazia em 1831. 

 

Carta 10, de Janeiro de 1828

Deus nos amou desde toda eternidade; escolheu-nos e nos separou do mundo. A Santíssima Virgem nos plantou em seu quintal, Ela tem o cuidado de que nada nos falte.

 

Deus nos amou tanto que deu seu único filho para nossa salvação. Deus nos ama tanto que escolheu Maria, Nossa Boa Mãe, para gerar e trazer ao mundo Jesus Cristo. Ele nos ama tanto que permite que ela ainda seja nossa cuidadora, afetuosa e piedosa, que receba todas nossas aflições sem julgamento ou diferenciação.

 

Carta 63, de Janeiro de 1836

Caríssimos, sinto no coração a grata satisfação de me lembrar de vocês todos os dias e, no santo altar, de apresentá-los ao Senhor. Hoje de modo especial, não consigo resistir à doce satisfação de expressar-lhes meus sentimentos de afeto e ternura paternal. Meus queridos e bem amados, vocês são o objeto contínuo da minha terna solicitude. 

 

Este trecho da carta 63, de 1836, é uma declaração de amor de Marcelino àqueles que queria bem. Ele demonstra a alegria em tê-los na sua vida e de rezar para Deus por eles. Um exemplo de amor, fraternidade e compaixão como nenhum outro. Ressalta ainda a alegria de poder dedicar sua vida a eles, sempre com amor, uma das bases da vida cristã. 

 

Carta 249, de Abril de 1839

Nunca desespere de sua salvação, ela está em boas mãos: Maria! Não é Maria seu refúgio, sua Boa Mãe?! Quanto maiores forem suas carências, mais interessada estará Ela em correr em seu auxílio.

 

Maria, Nossa Boa Mãe, nossa intercessora, Virgem que cuida e olha por todos nós. Escolhida por Deus para trazer ao mundo nosso Salvador, mulher de fibra, fé e determinação, exemplo eterno para todos os cristãos. Marcelino nos lembra, nesta carta de 1828, como o amor da Mãe Santíssima é para sempre. 

 

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