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A família ocupa um papel central em nossas vidas. É a base para a construção da nossa identidade, valores e vocações. São nos primeiros passos de nossa trajetória, da infância à adolescência, sobretudo, que nos deparamos com as principais questões que vão formar quem nós somos. 

Além de apoiar, cabe à família, também, proporcionar um ambiente favorável e que estimule as crianças a praticar e ouvir o chamado de Deus. Assim, o processo da descoberta da vocação acontece de forma natural e no momento certo na vida de cada um. 

 

Vocação e família andam juntas

Podemos aprender muito sobre vocações com o Papa Francisco. Nós até já fizemos uma seleção, em outro post aqui no blog, de frases inspiradoras sobre vocação ditas por ele. Você pode ver neste link.  

O tema foi também pauta principal de uns dos últimos sínodos realizados pelo Santo Padre. No documento que descreve o encontro, cujo assunto foi “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”, temos uma leitura importante da família como ponto de referência. 

O texto enfatiza que “a família continua a ser o principal ponto de referência para os jovens”. 

Nesse sentido, o material lembra também que “o aumento de separações, divórcios, segundas uniões e famílias monoparentais [formada só pela mãe ou só pelo pai] pode causar “sofrimentos e crises de identidade nos jovens” (…), fazendo-os muitas vezes assumirem responsabilidades que não são proporcionais à sua idade, “obrigando-os a tornar-se adultos antes do tempo.”

 

Como podemos agir

Temos que lembrar que a família, em primeiro lugar, deve ser um espaço onde os filhos encontrem orientações sólidas para viver e amar.

É preciso proporcionar um clima de paz e harmonia no lar, de forma a construir diariamente a capacidade no jovem de discernir seu chamado em direção à descoberta das vocações.

Alguns dos valores que devem ser constantemente incentivados no seio familiar: 

A importância do diálogo na descoberta das vocações

Vivemos tempos em que falamos de forma digital o tempo todo com todo mundo, mas nunca foi tão desafiador manter o diálogo dentro da família.

A abertura para falar sobre todos os tipos de assuntos só vem com a prática da conversa. Faz parte da natureza humana que as crianças e jovens sejam curiosos. O que cabe aos adultos, portanto, é buscar as formas mais adequadas de dialogar sobre os mais diversos temas. 

Por exemplo, conversas sobre matrimônio, paternidade responsável, vida de Igreja, catequese, drogas, alcoolismo e tantos outros. Ninguém tem a obrigação de saber tudo, mas a cada curiosidade dessas, temos a oportunidade de praticar com as crianças e jovens o processo de investigação de informações sérias, corretas e de qualidade.

 

Catequese em casa

Na família é que acontece a catequese de base, por assim dizer. É onde primeiro as crianças ouvem a Palavra de Deus.

Nesse sentido, através desse ensino, é possível levar à vida cotidiana reflexões sobre histórias bíblicas, os passos de Jesus e os apóstolos. Tudo isso de um jeito alegre e atraente, respeitando cada momento da vida da criança e do jovem.

Dessa forma, as orações que os pais ensinam aos filhos vão ser transformadas em memórias afetivas por toda a vida. Esse primeiro passo rumo a uma vida de oração é uma verdadeira prova de amor que espalha o hábito de geração a geração.

Para ajudar nesse processo, temos esse outro texto com dicas para pais e catequistas.

 

Vocações: como aprender através das músicas

As músicas religiosas também nos ajudam a incluir identificação das crianças e jovens com momentos felizes passados em família. Ao ouvirmos versos como os “Maria de Nazaré”, o que toca é muito mais do que uma música. Cantarolar “Amar como Jesus Amou” ou “Mãezinha do Céu” desde cedo com as crianças é criar lembranças que refletirão para sempre o amor e o cuidado em família. 

 

Atenção e cuidado

A família é o lugar onde as crianças e jovens devem se sentir acolhidos e seguros. E o diálogo é um elemento fundamental para isso. Crianças que conversam com os pais se tornam adultos que conversam com os filhos. 

Convidamos a todos para que olhemos para nossos irmãos, irmãs, filhos e filhas com a atenção que merecem. Que tenhamos forças em Deus e nos ensinamentos de Jesus e Maria para em família orientarmos os jovens para que ouçam suas vocações e façam delas seus projetos de vida.

Gostou do assunto? Veja também: o que é e como construir um projeto de vida

Até o próximo post!