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Uma pergunta que não sai da nossa cabeça ao olharmos para o futuro é: “O que eu quero ser fazer da minha vida?”.

Podemos iniciar com uma premissa que todos nós já conhecemos: ao vir para o mundo, somos seres inacabados, ou seja, em desenvolvimento. Porém, ainda assim, possuímos muitos “ingredientes” em potencial para a formação da nossa personalidade.

O discernimento vocacional vem de encontro com a desenvolvimento pessoal. Somos seres únicos para o Senhor e suas escolhas levam em consideração nossas fraquezas, medos, necessidades e também contextos de vida. É o que podemos refletir a partir do seguinte provérbio:

 

“Os passos do homem são dirigidos pelo senhor. Como poderia alguém discernir o seu próprio caminho?” – Provérbios, 20, 24.

 

Portanto, confiar em Deus e estar perto dele nos colocam em um estado de aperfeiçoamento. Quando abrimos nosso coração para ouvi-lo, nos aproximamos do verdadeiro sentido de nossas vidas.

Durante essa jornada, somos convidados a sermos os próprios autores de nossas histórias. Se por um lado a evolução não vem de “mão beijada” e é um processo conquistado, por outro, ela nos traz o sentimento bom de realização, luta e satisfação.

Nesse sentido, existem dois elementos que nos ajudam: a vocação e a profissão. Vamos entender mais sobre cada um deles?

 

Discernimento vocacional: diferenças entre vocação e profissão

Para muitos de nós, a vocação e a profissão podem parecer a mesma coisa. Mas, na realidade, elas têm significados diferentes. O que acontece muitas vezes é que elas estão relacionadas entre si e podem até andar juntas. Vamos explicar melhor em seguida.

Primeiramente, podemos assim dizer que a vocação está na linha do ser. Mas, afinal, o que é “ser”? É o ser pai, ser mãe, ser religioso ou religiosa, ser sacerdote ou assumir algum ministério para o bem da comunidade, por exemplo. Assim, a vocação é um chamado de Deus e uma resposta da pessoa para um determinado “estado de vida”.

 

“A vocação forma parte inseparável de meu ser e, portanto, necessita ser cuidada, nutrida, desenvolvida. É importante olhar se aquilo que vivo e realizo favorece meu próprio crescimento vocacional” – Irmão Ernesto Sánchez na circular Lares de Luz: cuidamos da vida e geramos nova vida.

 

Por outro lado, a profissão está na linha do fazer. E voltamos à pergunta anterior. Ora, “fazer” o quê? Nesse caso, só para exemplificar, podemos usar as atuações de professor, médico, agricultor, cientista, faxineiro, técnico e entre outras.

 

Discernimento vocacional: as profissões são muitas, ao passo que as vocações, como estado de vida, são poucas

A vocação é um chamado de Deus para uma missão específica. É uma resposta pessoal, consciente e livre. A profissão é uma atividade que a pessoa escolhe de acordo com as próprias aptidões e possibilidades. Enquanto a primeira é fonte de renda, a segunda pode ser caracterizada como uma doação gratuita e permanente.

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E, então, quando a profissão e a vocação se encontram?

Dessa forma, podemos dizer que encontramos o nosso caminho quando enxergamos um sentido. É aquele sentimento de preenchimento existencial e de alegria interior pela vocação e profissão escolhidas.

Essa satisfação aparece quando o coração transborda e nos envolve de tal modo que nossas atitudes e formas de viver contagiam os demais. Em resumo, é o que chamamos de entusiasmo pela vida. Assim, ao trilhar essa jornada, podemos dizer que nossa experiência tocou a felicidade.

“Sem interessar-nos tanto quantos somos ou quantos seremos, o ponto mais importante é verificar se estamos vivendo com paixão e coerência nossa vocação” – circular Lares de Luz.

 

Reflexões para o encontro do discernimento vocacional

Por fim, para finalizar a nossa reflexão e exercitar o que aprendemos aqui, queremos te convidar a responder algumas perguntas. Elas vão te ajudar na busca do discernimento vocacional e, logo, na realização pessoal.

Para tornar o processo ainda mais efetivo, sugerimos que você amadureça essas questões com calma e em um ambiente favorável para a sua meditação pessoal.

Busque o silêncio, medite alguns trechos bíblicos e resgate referências sobre o assunto. Tudo isso em conjunto vai tornar o seu caminho de discernimento vocacional ainda mais abençoado.

  1. Que sentimentos este texto provoca em você?
  2. Quais caminhos tenho trilhado para favorecer meu discernimento vocacional?
  3. Com base nas reflexões do tema, quais posturas devo assumir em meu caminho vocacional?

Para fechar, lembre-se sempre:

“O cuidado de si implica também o cuidado do próprio dom vocacional que me foi dado gratuitamente” – circular Lares de Luz.

 

Quer saber mais sobre a vocação Marista e como ajudamos no processo de descoberta vocacional? É só acessar este link.