Desde 2000, 18 de maio foi instituído como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Uma data com a finalidade de promover ações em prol da prevenção. Por isso, a PMBCS ajuda a divulgar a campanha Defenda-se, do Centro Marista de Defesa da Infância (CMDI).
A iniciativa trabalha a importância da conscientização para autodefesa. E faz isso por meio de uma série de vídeos educativos e atividades lúdicas para a escola.
Cartas à comunidade
Neste ano, a novidade é o lançamento da versão impressa do jogo “Cartas à Comunidade Educativa”. Em síntese, o material interativo orienta profissionais das escolas e dos espaços de educação não formal sobre a revelação espontânea de violência contra crianças.
“As cartas buscam responder a algumas das perguntas mais recorrentes de quem não tem intimidade com o assunto ou formação específica para receber uma revelação de violência. São questões que vão desde a identificação dos sinais de violência, à postura que deve ser adotada em um acolhimento, possíveis consequências da revelação e procedimentos posteriores ao encaminhamento da denúncia para os órgãos responsáveis”, explica Cecília Landarin Heleno, pedagoga do CMDI e responsável pela campanha.
O jogo está disponível no site da campanha, gratuitamente. Ele é útil para momentos de reunião de equipe, diálogos com as famílias dos educandos, formações, dinâmicas e estudos de caso. Ou mesmo como fonte quando situações de violência surgirem nos espaços educativos.
Papel dos educadores na prevenção
Sem dúvida, o papel educador da escola vai muito além da sala de aula. O professor e demais profissionais da escola têm importância fundamental também no desenvolvimento humano dos estudantes. Tanto para promover a conscientização quanto para acolher temas relevantes, como a violência sexual.
“As crianças e adolescentes precisam saber com quem podem contar e de que maneira podem se defender. A violência sexual ainda é um assunto sensível e percebemos a importância das escolas – e outros espaços educativos que atendem crianças e adolescentes – para o enfrentamento do problema”, afirma a pedagoga.
Campanha e trabalho em conjunto
Nesse sentido, os vídeos da campanha Defenda-se aumentam as chances de que as crianças identifiquem situações de violência sexual no contexto familiar, escolar e em outros espaços de convivência. E, então, procurem um adulto de sua confiança.
Dessa forma, família e escola contribuem para a quebra do ciclo de violência. Bem como para o encaminhamento das situações para a rede de proteção.
“É um dever da sociedade romper o ciclo da violência. E essa contribuição começa na prevenção, com a divulgação desses conteúdos, indo até o acolhimento da vítima”, afirma Cecília.
