No dia 6 de junho, o Mundo Marista celebra o Dia de São Marcelino Champagnat. Sem dúvida, um momento de agradecer pelo exemplo que ele nos deu, de cidadão que se importa com os outros. E de renovar o compromisso com a continuidade de sua missão, por meio da Educação.
Em 2021, a Missa de Ação de Graças será virtual. A Celebração Eucarística será no dia 7 de junho, às 18h30, com transmissão ao vivo pelo canal do Farol 1817 no Youtube. Toda a comunidade está convidada a participar.
Rochas da missão
Assim como coube ao apóstolo Pedro, a partir de uma pedra, dar início à construção da Igreja, Champagnat também buscou uma base sólida para edificar sua obra. Por isso, a arte da campanha deste ano faz referência à rocha de L’Hermitage. Rocha sob a qual está construída a Casa Mãe dos Irmãos Maristas, na França.
Em meio à dureza das rochas de L’Hermitage, certamente podemos encontrar muitos significados. Por exemplo, a determinação de Marcelino. Seu empenho em idealizar e colocar suas ideias em prática, com as próprias mãos. Bem como o amor ao trabalho, norteado pela fé e confiança na Boa Mãe e na Providência Divina.
Nesse sentido, para o Dia de Champagnat deste ano, elencamos alguns dos ensinamentos que Marcelino nos deixou, sobretudo na área da Educação. Considerações sobre o seu jeito de educar, que permanece tão atual quanto inspirador. Lições que também podem ser consideradas rochas da missão.
Ensinamentos de Champagnat sobre educação
1) A educação é uma obra de amor
“Para bem educar as crianças, é preciso amar e amá-las de igual maneira”, costumava dizer o Padre Champagnat aos Irmãos, quando vinham lhe pedir conselhos sobre a missão nas escolas.
2) Antes de mais nada, é necessário preparar os educadores
Como destacamos na campanha institucional deste ano: “São Marcelino ensinou a leitura, a escrita e a vivência do Evangelho a religiosos que se tornaram os Irmãos Maristas e propagam o jeito Champagnat de educar”. Ele sabia que para multiplicar o alcance de sua obra, precisava de pessoas bem preparadas, com inspiração no amor de Jesus Cristo e de Maria.
3) A educação precisa de uma atmosfera de qualidade
De acordo com Champagnat, um bom educador é, acima de tudo, um membro ativo da comunidade educativa, que contribui para uma atmosfera de qualidade. Ou seja, alguém que contribui para relações de respeito, amor e confiança recíproca. Dessa forma, entendemos que o jovem que quer se formar deve encontrar em sua escola um lugar de alegria e fraternidade. Bem como um espírito de família.
4) Olhar ao redor é um exercício importante
Sabemos que Marcelino Champagnat foi um homem iluminado pelo Espírito Santo. Com toda certeza, que se deixou seduzir pelo amor a Jesus e se cativar pelo amor à Boa Mãe. Porém, mais um aspecto fundamental que o levou à ação foi o fato de comover-se pela realidade de seu tempo. Principalmente em relação aos mais necessitados. Isso nos faz reafirmar a importância de pensarmos a educação integrada aos desafios e descobertas de cada época.
5) Sejamos simples como as violetas
Embora tenha criado uma obra inovadora para sua época, não podemos esquecer que Marcelino era um homem do povo. Um educador que prezava pela linguagem simples e acessível. Dessa forma, de nada valeriam complexas teorias educativas sem a prática. Sem os aprendizados da convivência. Sem diálogo e troca.
Por que existe o Dia de Champagnat?
Marcelino José Bento Champagnat nasceu em 20 de maio de 1789, em Rosey, na França. Foi presbítero da Sociedade de Maria e fundador do Instituto dos Irmãozinhos de Maria, ou Irmãos Maristas das Escolas (FMS).
Por ter nascido no ano da Revolução Francesa, viveu em uma época conturbada, devido aos graves conflitos políticos. Sensibilizado pelas necessidades pastorais do seu tempo, concebeu o projeto de fundar um Instituto de Irmãos, que se dedicassem à educação e à formação religiosa das crianças e dos jovens. Maria, a quem chamava de Boa Mãe, foi seu maior modelo no seguimento de Jesus Cristo.
Nosso fundador faleceu no dia 6 de junho de 1840, aos 51 anos – data que ficou conhecida como o Dia de Champagnat. Posteriormente, em 18 de abril de 1999, foi canonizado pelo Papa João Paulo II.