Acompanhe a seguir reflexão do Superior Provincial, Ir. Benê, sobre a educação e evangelização maristas, feita ao receber o depoimento puro e sincero da sra. Ariane, mãe da pequena Annie, aluna do Infantil III da Escola Champagnat de Presidente Prudente, SP.

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Dias atrás recebi do Gleison Gomes Pimentel, diretor da nossa escola, o edificante depoimento puro e sincero da Ariane Grimaldi Tudela Van-Dal, mãe da pequena Annie Van-Dal Dias (filha do Diego César Dias), nossa aluna do Infantil III da Escola Champagnat de Presidente Prudente, SP.

Todo mundo sabe que, quando vai chegando a Páscoa, as crianças vão começando a pensar em comilanças, em ovos coloridos, de chocolate, em coelhinhos etc. Mas… a simpática Annie entendeu que Deus não morreu, mas que está vivo e vencedor!

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Nas palavras da dona Ariane: Gostaria de falar como foi diferente a Páscoa para a Annie esse ano. Ela chegou em casa nos contando que a Páscoa é Jesus. Quando ganhou ovos de Páscoa falou que foi Jesus quem deu os ovos para ela. No domingo ela estava muito animada com os ovos, mas seguiu falando que Jesus vive. Achei isso muito legal e sou muito feliz com a escola por contribuir tão positivamente na formação dela. Nada no mundo me deixa mais feliz. Por isso, envio essa mensagem para vocês saberem que o trabalho da escola é sensacional. Sou muito grata por tudo! […]

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Compramos para ela o livro infantil “Jesus Vive” que tem ilustrações cativantes com a história da ressurreição de Jesus, recontada em linguagem simples, própria para crianças pequenas, com cinco quebra-cabeças para que o pequeno leitor possa interagir com a narrativa. […] O bonito nessa interação é que ela olhava as imagens e descrevia as cenas sem que nós tenhamos lido para ela… que memorizou mesmo o que aprendeu sobre a Páscoa. Foi muito especial para nós. Eu só tenho a agradecer o trabalho de vocês. Sou apaixonada pela escola e acho que muita gente sabe disso! Mas estou verdadeiramente feliz por essa experiência.”

Reconhecimento da educação e evangelização maristas

Que bonito e tocante contato e feedback! Realmente, o nosso compromisso com a educação e evangelização de crianças e jovens faz todo sentido e diferença. Mas a realidade é que crianças (e também adultos) são muito impactadas pelas campanhas de Páscoa na televisão, internet, mídias sociais, além das vitrines de lojas e os expositores dos supermercados etc. Diante de tantas influências, não é difícil entender que para as crianças exista uma forte ligação entre a Páscoa e o ganhar chocolates.

Para formar a consciência crítica dos estudantes, a matriz curricular da Educação Infantil da Escola Champagnat de Presidente Prudente, SP, se propõe desenvolver a criatividade, o raciocínio-lógico, a expressão oral e corporal, a coordenação motora, a percepção auditiva e visual das crianças, dentre outros objetivos.

Assim, ao trabalhar as grandes verdades, acontecimentos e festas da nossa fé cristã-católica, como é o caso da Páscoa, o ensino religioso e as atividades da Pastoral se ocupam em revelar-lhes o sentido espiritual da existência humana por uma visão que supere o apelo comercial. Foi com essa preocupação que o projeto da Páscoa da Educação Infantil se empenhou em resgatar princípios e valores da nossa vida cristã que estão se perdendo com o tempo. Afinal, Páscoa é mais do que simples troca de chocolates!


Dessa forma, aproveito o contato de partilha dessa comovente história, testemunho e reconhecimento dos nossos propósitos e prática de educação e de evangelização das Escolas Champagnat, Marista – Escolas Sociais e Colégios Maristas, para socializar uma sensível reflexão de Rubem Alves, saudoso pedagogo, educador e escritor, sobre o nobre ato de educar crianças pequenas:

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“Por oposição ao propósito da máquina educacional de transformar crianças em adultos, Nietzsche sugeria o oposto e dizia que ‘a maturidade de um homem é encontrar de novo a seriedade que se tinha quando criança, brincando’. Desanimado com a estupidez dos adultos, ele escreveu: ‘Gosto de me assentar aqui onde as crianças brincam, ao lado da parede em ruínas entre os espinhos e as papoulas vermelhas. Para as crianças, eu sou ainda um sábio, e para os espinhos e as papoulas vermelhas’. Os adultos não o entendiam porque ele escrevia como criança.

Deus é alegria. Uma criança é alegria. Deus e uma criança têm isso em comum: ambos sabem que o universo é uma caixa de brinquedos. Deus vê o mundo com olhos de criança. Está sempre à procura de companheiros para brincar. Os grandes, doidões e perversos, pensam que Deus é como eles, de olho malvado, que os espiona em todos os lugares, para castigar. Claro que as funções adultas são necessárias: são ferramentas, meios de vida, entidades da Feira de Utilidades.

Elas precisam ser desenvolvidas para que a Criança Eterna brinque pela vida afora, sem se machucar… Sonho com o dia em que as crianças que leem meus livrinhos não terão de grifar dígrafos e encontros consonantais e em que o conhecimento de obras literárias não será objeto de exames vestibulares: os livros serão lidos pelo simples prazer da leitura. Não avalio as crianças em função de saberes. São os saberes que devem ser avaliados em função das crianças. É isso que distingue um educador. Um educador não está a serviço de saberes. Está a serviço dos seus estudantes.

‘Aquele que é um mestre, realmente um mestre, leva as coisas a sério – inclusive ele mesmo – somente em relação aos seus alunos. Sugiro uma inversão pedagógica: os grandes aprendendo dos pequenos. Um profeta do Antigo Testamento resumiu essa pedagogia invertida numa frase curta e maravilhosa: ‘E um menino os guiará’ (Isaías 11,6). São as crianças que veem as coisas – porque elas as veem sempre pela primeira vez com espanto, com assombro de que elas sejam do jeito como são. Os adultos, de tanto vê-las, já não as veem mais. As coisas – as maravilhosas – ficam banais. Ser adulto é ser cego”. do livro “Do Universo à Jabuticaba”, Editora Planeta, 3ª Edição, pp. 50 e 51.

Aceitemos todos a sugestão da inversão pedagógica: os grandes aprendendo dos pequenos!

Parabenizamos a direção, coordenações, a Pastoral e sobretudo as professoras da Educação Infantil pela bonita preparação das crianças para a acolhida da Páscoa e desmistificação da relação consumista. E muito obrigado a sra. Ariane Grimaldi Tudela Van-Dal pelo entusiasta testemunho e reconhecimento da qualidade da educação marista da Escola Champagnat e pela candura da Annie Van-Dal Dias, nossa querida aluna.

Estamos no bonito e programático Tempo Pascal para a animação e desenvolvimento da nossa fé cristã na família, nas comunidades, nas escolas, na Igreja. Que o Ressuscitado desperte a nossa fé e nos dê a coragem e a alegria do seu Espírito!

Conheça também ou reveja o clipe:

“A verdadeira história da Páscoa contada por crianças”

Com Maria, na alegria do Ressuscitado, um fraternal abraço,

Ir. Benê Oliveira

Superior Provincial PMBCS