No dia 28 de outubro de cada ano, os Maristas de Champagnat costumam recordar uma história que faz parte do impulso que levou ao nascimento da obra Marista. Estamos falando do encontro de São Marcelino com o jovem João Batista Montagne, no povoado de Les Palais, nas proximidades de La Valla, na França. 

A saber, a narrativa nos transporta até o ano de 1816, anteriormente à fundação do Instituto dos Irmãozinhos de Maria. Na ocasião, o Padre Champagnat foi chamado para visitar um jovem enfermo, em estado grave, pouco antes que o rapaz viesse a óbito. Nesta residência afastada e simples, nosso fundador se deu conta de que, assim como este adolescente, muitos outros ainda desconheciam o amor de Deus.

Apesar do falecimento, este foi um encontro profundo e verdadeiro. Que levou os ensinamentos de Jesus até aquela família. Graças a uma atitude tomada por São Marcelino, que atualmente podemos chamar de “Igreja em saída”.

Chamado do Papa Francisco

O termo “Igreja em saída” remete ao chamado que o Papa Francisco nos faz, desde a publicação da exortação apostólica Evangelii Gaudium (EG). Ou seja, a alegria do Evangelho.

Em síntese, uma “Igreja em saída” é aquela que assume sua faceta missionária. Que acolhe a todos, sem exclusão. Que convida mais do que julga. Além disso, que é formada por cristãos dispostos a ir ao encontro daqueles que necessitam. Seja nas margens periféricas territoriais ou simbólicas. 

Embora a narrativa que relembramos neste mês de outubro tenha praticamente dois séculos de distância do Papado de Francisco, podemos perceber as semelhanças no conceito, não é? 

O exemplo do jovem Montagne tem muito a ensinar sobre estar a serviço. E, além disso, sobre sair dos limites de seu próprio mundo para colocar em prática esse amor ao próximo.

Com a benção de São Marcelino, que possamos nos espelhar em seu exemplo de “Igreja em saída”. De missão. De amor.