Entre os dias 2 e 4 de abril, o Centro Marcelino Champagnat (CMC), em Curitiba (PR), recebeu uma imersão formativa vivida por Irmãos, leigos e colaboradores Maristas das várias Frentes de Missão, do Marista Brasil, além de convidados da Província Marista Brasil Centro-Norte. O grupo participou da imersão “Espiritualidade do Coração: uma experiência de travessia para multiplicadores”, iniciativa que propõe uma vivência formativa voltada à interioridade e ao fortalecimento da missão marista.
O encontro reuniu cerca de 33 participantes em uma jornada inspirada no documento Água da Rocha e na obra do Ir. Michael Green. A proposta compreende a espiritualidade marista como um caminho cotidiano de encontro com a presença amorosa de Deus em nossa humanidade. A “travessia” simboliza esse processo contínuo de aprofundamento espiritual e reconciliação com nossa interioridade.
Todas as atividades tinham um caráter pedagógico: momentos de oração, técnicas de meditação, oficinas, momentos de reflexão e síntese.
Atividades e conteúdo
O objetivo central da formação não foi apenas transmitir conhecimentos, mas proporcionar uma vivência pessoal e comunitária da espiritualidade do coração. A programação teve início com uma celebração contemplativa na Capela Mãe da Misericórdia conduzida por Mariane Dias e Diego Marcelino. Já no segundo dia, uma meditação guiada por Valcir Morais (PUCPR) abriu espaço para uma profunda reflexão sobre a presença amorosa de Deus, conduzida por Angelo Ricordi, especialista de Identidade, Missão e Vocação da Província Marista Brasil Centro-Sul (PMBCS).
Na sequência, três oficinas permitiram aos participantes mergulharem em diferentes dimensões da espiritualidade marista:
- Josmari Pauzer, coordenadora do Movimento Champagnat da Família Marista, explorou a centralidade de Jesus por meio da música;
- João Luis Fedel, especialista de Identidade, Missão e Vocação, abordou a simplicidade marista a partir da poesia hebraica bíblica;
- Irmão Marcondes Backmann, conduziu uma vivência sobre espiritualidade mariana por meio da arte e da pintura.
No terceiro dia, depois do momento de meditação, Carlos Almeida (TI) e Angelo Ricordi facilitaram uma oficina sobre espírito de família, por meio da atividade prática de confecção de pães ázimos. João Luis Fedel orientou os participantes a um momento pessoal de reflexão e síntese da experiência. A formação se encerrou com um momento partilha da palavra e do pão, no qual os participantes refletiram sobre a experiência e assumiram o compromisso de serem multiplicadores em suas Frentes de Missão. Com a entrega de um coração para cada participante, Josmari Pauzer motivou-os a continuarem a jornada da travessia.
Reflexões
De acordo com Angelo Ricordi, um dos aspectos mais marcantes da imersão foi a convivência respeitosa e aberta entre pessoas de diferentes tradições religiosas. “A espiritualidade do coração se fez presente de forma concreta, promovendo uma experiência transformadora, com sentido, conexão e propósito”, diz.
João Luis Fedel explica que o envolvimento do grupo se deu em todos os momentos, com um engajamento de cada um nas atividades propostas, nas discussões, nos espaços de vivência da espiritualidade. “Tomaram a sério a proposta de serem multiplicadores”, afirma.
Já Josmari Pauzer, lembra que foi um encontro muito bonito, em que os participantes mergulharam na proposta, e as partilhas e trocas foram super enriquecedoras. “Foi muito significativo observar as pessoas saindo das Oficinas cheias de alegria e comentando quantas aprendizagens este tema trás para a vida de todos! Meu sentimento é de profunda gratidão a Deus, por podermos com nosso trabalho inspirar pessoas a levar o amor de Jesus e do seu evangelho para suas unidades e querer sempre mais entender e aprofundar sobre nosso Fundador Marcelino Champagnat”, finaliza.
Por fim, o Ir. Antônio Teles diz que falar de Travessia é contemplar o verbo esperançar, pois travessia é chegar lá, e para chegar lá precisamos de movimento e não se faz movimento sozinho e sim com outro ou outros. “Travessia é experiência comunhão. Amei este momento de formação, pois me convidou a rezar a partir do silêncio e da partilha, mas de uma forma simples e humana”, afirma.
- João Luis Fedel
- Ir. Marcondes
- Angelo Ricordi
- Espiritualidade
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- Josmari Pauzer