Carta do Ir. Ernesto Sánchez, Superior Geral, aos Provinciais, Superiores de Distrito e seus Conselhos – 18 de abril de 2023.
No dia 18 de abril, lembramos com alegria a canonização de nosso Fundador, celebrada há 24 anos. Nesse dia três novos santos foram glorificados pela Igreja e pelo mundo, e isso aconteceu na época da Páscoa.
O Papa João Paulo II disse em sua homilia: “O desejo de dar testemunho de Jesus brota, no coração dos crentes, do encontro pessoal com Ele. Foi o que aconteceu aos três novos Santos, que hoje tenho a alegria de elevar à glória dos altares: Marcelino Champagnat, João Calábria e Agostinha Lívia Pietrantoni. Eles abriram os seus olhos face aos sinais da presença de Cristo: adoraram-no e receberam-no na Eucaristia, amaram-no nos irmãos mais necessitados, reconheceram os sinais do seu desígnio de salvação nos acontecimentos da existência quotidiana”.
E, referindo-se mais diretamente a Champagnat, ele disse: “São Marcelino anunciava o Evangelho com coração totalmente ardente. Foi sensível às necessidades espirituais e educativas da sua época, sobretudo a ignorância religiosa e as situações de abandono vividas em particular pela juventude (…) Peçamos ao Senhor a graça de termos um coração ardente como o de Marcelino Champagnat, para O reconhecer e sermos Suas testemunhas”.
O grande dom do carisma que o Espírito nos deu, através de São Marcelino e de tantos irmãos e leigos ao longo da história, ainda está vivo hoje. E nós somos corresponsáveis e cocriadores deste dom no presente e olhando para o futuro.
No próximo ano, ao celebrarmos o 25º aniversário da canonização de Champagnat, lembraremos que há 200 anos, em maio de 1824, a pedra fundamental de Notre-Dame de l’Hermitage foi abençoada, dando assim início à construção desta importante casa para nosso Instituto. Que significado estes acontecimentos nos oferecem hoje, e como olhamos para o presente e o futuro, iluminados pela visão que Marcelino e os primeiros maristas tiveram em seu tempo?