Sem dúvida, olhar para o exemplo de Maria faz parte da essência dos Maristas de Champagnat. Com a finalidade de compartilhar parte dos ensinamentos da Boa Mãe, Josmari Pauzer, que coordena o Movimento Champagnat da Família Marista (MChFM) em nossa Província, escreveu uma reflexão. 

O texto aborda tanto as aparições de Maria nos Evangelhos da Bíblia quanto a visão de Marcelino Champagnat sobre a mãe de Jesus. Confira:

 

Maria, mãe e educadora

As referências bíblicas à Virgem Maria são poucas e profundas. A menção que São Lucas faz de Maria, junto com os apóstolos, após a morte e ressurreição de Jesus Cristo, em Jerusalém, é modesta: “E entre eles estava Maria” (conforme Atos dos Apóstolos, 1,14). 

Presente na origem da Igreja, junto com os apóstolos, Maria tem lugar único na nossa fé. Ela é modelo de vida cristã. Como discípula de seu próprio Filho, ela é para nós um exemplo simples para seguir. Ao mesmo tempo em que, como Mãe de Deus, tem um lugar único na obra redentora e está junto do seu Filho na glória, ela vive conosco, caminha conosco. Ela acompanha o caminhar dos seus filhos na história e continua sempre a nos indicar o seguimento do seu Filho, dizendo-nos: “Fazei tudo o que ele vos disser” (Jo 2,5).

“A figura de Maria, a mãe de Jesus, foi para Champagnat o protótipo da educadora. Chamou os membros do seu Instituto de Pequenos Irmãos de Maria, mais tarde, chamados de Irmãos Maristas. É no jeito de Maria educar seu filho Jesus que consiste a Pedagogia Marista. Ela formou Jesus e o ajudou a crescer em idade, sabedoria e graça diante de Deus e diante dos homens como relata o Evangelho” (Clemente Ivo Juliatto). 

Com Maria, aprendemos o verdadeiro discipulado. Ela, como mãe, educou Jesus. Por isso a Igreja sai em missão sempre junto de Maria.  

“À medida que o cristão, leigo(a) ou consagrado(a) exercita esses traços maternos de todo amor humano, mostra ao mundo, como o fez Maria, na tarefa de regenerar e dar vida à humanidade. Participar da maternidade de Maria não é outra coisa que tornar humanamente visível o amor paternal-materno de Deus, por meio do exercício de relações permeadas por acolhimento, ternura, atenção, gratuidade, proteção, cuidado e energia que nutre e ajuda a crescer. Que Maria nos ensine esse amor, tão humano e tão divino” (Ir. Afonso Murad). 


Josmari Pauzer
Coordenadora do MChFM na PMBCS

 

Sugestão de leitura

A fim de aprofundar os conhecimentos durante o Mês de Maria, a dica da coordenadora do MChFM é a leitura do livro “O Silêncio de Maria”, de Frei Ignácio Larrañaga. O frei capuchinho espanhol tomou como base os manuscritos de São Lucas para reconstituir a vida de Maria de Nazaré. E, assim, abordar sua missão e, principalmente, seu infinito amor. A saber, a obra possui 204 páginas e foi publicada, em 2003, pela Editora Paulinas.