O Memorial Marista e o Memorial do Colégio Marista Arquidiocesano foram recentemente convidados para integrar uma publicação que reúne experiências na preservação de acervos históricos dedicados à História da Educação. Lançado pela Editora CRV, o livro foi organizado pelas professoras Nadia Gaiofatto Gonçalves (UFPR), Andrea Bezerra Cordeiro (UFPR) e Simone Burioli (UEL) e explora, em seus diversos capítulos, a riqueza documental e as metodologias utilizadas por museus, arquivos e centros de memória em todo o país.

experiências de pesquisaNo capítulo intitulado “O Acervo de Objetos para o Ensino de Ciências: Memorial Marista, Colégio Santa Maria e Colégio Arquidiocesano”, os autores Adriano Cecatto e Dyogenes Philippsen Araujo (Memorial Marista), em colaboração com Ricardo Tomasiello Pedro (Colégio Marista Arquidiocesano), discutem a importância da preservação dos acervos de objetos de ensino de ciências dos colégios Santa Maria (Curitiba) e Arquidiocesano (São Paulo), assim como o papel do Memorial Marista de Curitiba na articulação do trabalho com a preservação da memória.

Dessa maneira, foram relatadas as ações realizadas por esses dois colégios maristas, destacando alguns dos desafios de se trabalhar com a cultura material escolar como documento histórico, especificamente com os objetos utilizados para o ensino das ciências. Bem como, compartilhar as práticas relativas com essa natureza de acervo (êxitos, desafios, lacunas etc.). Ainda, compartilhar o conhecimento constituído nos espaços da instituição Marista com outras instituições e com a sociedade é um caminho profícuo, do ponto de vista acadêmico e social, para a propagação do conhecimento relativo ao trabalho com os acervos e à História da Educação Marista.

Essa escrita contempla uma experiência consolidada no Colégio Arquidiocesano. Por outro lado, outra experiência em processo inicial que o Memorial Marista realizou com incursões nos acervos do Colégio Santa Maria de Curitiba, possibilitando mapear uma diversidade de documentos, entre eles os de ensino de ciências. Tais acervos não se limitam a uma memória da educação Marista, pois muito têm a dizer sobre a história da educação de nosso país.

Reflexão sobre a preservação da memória educativa

De acordo com a professora Rosa Fátima de Souza-Chaloba, que assina o prefácio:

“Este livro […] apresenta um mosaico de experiências […], em curso em diferentes regiões do país. Trata-se de uma contribuição muito original para a preservação da memória e para a historiografia das ações em prol do patrimônio educativo no Brasil, que começa a se configurar no país. Por um lado, o livro oferece um manancial de relatos sobre a constituição e organização de diferentes acervos e o trato com fontes específicas. Por outro lado, de forma transversalizada, são apresentadas diferentes estratégias de divulgação dos acervos e as relações que eles mantêm com a comunidade escolar e/ou com a sociedade local. [Aborda] a potencialidade das instituições de preservação documental em educação desenvolverem atividades articuladas de ensino, pesquisa e extensão. As experiências relatadas perspectivam as múltiplas facetas do cotidiano dessas instituições e os esforços dos envolvidos em um incessante trabalho colaborativo, reflexivo e formativo. Flagrar essas três dimensões em ato implica a valorização do conjunto das ações desenvolvidas pelos acervos e a problematização do que pode ser feito.”

Acervos, fontes e história da educação: Experiências e possibilidades para o ensino, a pesquisa e a extensão

📝 Texto: Adriano Cecatto – Especialista do Memorial Marista