O programa Vida Feliz deve ser capaz de envolver os jovens, de desafiá-los e de promover seu protagonismo. Uma das formas de engajamento é a participação no programa como voluntário, por meio do projeto Siga+, colaborando nas atividades, ajudando no planejamento e na execução de diferentes tarefas.
“O Siga+ é um projeto que faz parte do programa Vida Feliz. São pessoas (homens ou mulheres, jovens ou velhos) que participaram de outros projetos nossos e se interessaram pela missão e gostariam de nos ajudar. Fazemos formações com eles, confraternizações, avaliações, entre outras atividades. Eles nos auxiliam nos outros projetos de diversas formas (música, dança, organização, fotografia, dinâmicas, momentos de espiritualidade). Fazemos um acompanhamento todo especial e próximo com com eles”, explica Guilherme Mendes Pimenta, colaborador do programa em Dourados (MS).
Significado do voluntariado
Ser voluntário requer entrega, é doar a si mesmo sem esperar nada em troca, é a ajuda em sua forma mais nobre. O trabalho voluntário, além de ter importância social, proporciona bem-estar e alegria a quem o realiza, ao mesmo tempo em que eleva a autoestima, melhora a ansiedade e pode até mesmo prevenir doenças, como a depressão.
A função do voluntariado não é tapar buracos nem compensar carências, não é preciso pedir licença a alguém, antes de começar a agir. Quem quer vai e faz. O voluntário é uma pessoa criativa, decidida e solidária, os talentos e as boas ideias dos jovens são bem-vindas (cantar, liderar, escrever, organizar, tocar instrumento musical, contar história, produzir material, conversar e muitas outras coisas).
Hoje, o Siga+ em Dourados conta com nove voluntários: Aline, Jandersom, João Pedro, Juliane, Letícia, Luana, Luís Gustavo, Rafaela e Vitória.
Depoimentos
Confira alguns depoimentos dos voluntários sobre a experiência:
“Meu nome é Aline Pereira Machado, tenho 30 anos, comecei a participar desde o início do Siga+ em 2014, em Dourados (MS). Fui a primeira voluntária do projeto, porém sou voluntária desde 2003 pelo projeto Pequeno Cidadão. Participo pois gosto de estar no meio da juventude e admiro o trabalho dos Maristas. Auxilio nos encontros como e quando posso, por conta do meu trabalho que me exige muito. Porém, quando vou, me doo por inteira, da melhor forma possível. Estando lá, sendo voluntário, parece que a gente se transforma. Algo legal é quando se divide os jovens em grupos, e nós ficamos como líderes destes. Eu tinha muito medo disso no início, mas o Espírito Santo me capacitava, me capacitou, me capacita e eu comecei a fazer coisas que eu jamais achava que iria fazer, coisas que eu não conseguiria. Tinha medo de falar em público, de liderar, de falar no microfone, e esses medos foram extintos ao longo do tempo de voluntariado. Eu me sinto muito feliz, faço de coração, faço porque gosto, não para receber algo em troca, não há como pagar isso tudo”.
“Eu me chamo João Pedro dos Santos, tenho 20 anos e há sete anos conheci o projeto Vida Feliz de Dourados. Quando conheci, era apenas participante dos encontros do Conexão Vocacional e, de vez em quando, dos encontros que o Vida Feliz fazia com a paróquia. Eu achava muito interessante o trabalho daquelas pessoas que estavam ali, se disponibilizando dos seus afazeres e de seu tempo para estar próximo à juventude, isso foi me cativando. Quando não poderia mais participar dos encontros, fui perguntar o que tinha que fazer para ser igual àquelas pessoas (voluntários). Aí me explicaram e comecei, enfim, a ajudar no que eu podia… Eu agradeço muito ao Vida Feliz, porque com ele, tive a oportunidade de me desafiar e vencer algumas barreiras, até mesmo impostas por mim, por exemplo de tocar e cantar para outras pessoas. Embora não parecesse, eu tinha muito medo. Agradeço também aos amigos que pude fazer durante esse tempo, os momentos que pude viver e, principalmente, a chance de poder conhecer as realidades das juventudes com as quais trabalhamos, para poder entender os jovens e tentar levar algo para que eles, no futuro, também se interessem por anunciar a palavra de Deus. Sempre há algo que me marca em cada encontro, que é perceber que a juventude não está ‘morta dentro de sua igreja’ como muitos dizem. Só acho que tem que se dar mais abertura para os jovens, para que possam mostrar o potencial que eles têm, como o Vida Feliz fez comigo… Obrigado Vida Feliz”.