A Província Marista Sul-Amazônia está realizando a “Oficina Marial – Maria em nós”. O evento acontece no Recanto Marista Medianeira, em Veranópolis (RS), entre os dias 11 e 15 de setembro. Representando a Província Marista Brasil Centro-Sul estão presentes o Ir. Afonso Levis e o especialista de Identidade, Missão e Vocação, Angelo Ricordi.

Maria, uma figura central da nossa espiritualidade

Primeiramente, as formações da Oficina Marial estão sob a responsabilidade do Irmão Ismar Portillo, da Província Marista da Norandina. A grande novidade desta oficina está na abordagem da temática mariológica. O recorte está em Maria: mulher, mãe e discípula. Segundo o conferencista, os textos marianos da Sagrada Escritura não contemplam apenas a personagem Maria de Nazaré, mas são a expressão de todas as mulheres do Antigo e do Novo Testamento.

O caminho de Maria é marcado pela passagem da maternidade de Jesus para o discipulado do Cristo. Angelo Ricordi afirma que todos os participantes são “desafiados a ver e contemplar a própria conversão de Maria no seguimento do seu filho. Ela que no início da vida de Jesus tem como papel principal ser mãe, com o início do ministério de filho é desafiada a ser discipula do Cristo”, conclui.

Portanto, todos os cristãos se inspiram na travessia de Maria na fé, pois ela é um modelo de como nós nos desinstalamos de nossas seguranças e preferências pessoais ao seguir Jesus. Por outro lado, o surpreendente é que Deus, ao escolher Maria para o projeto do Reino inverte a lógica dominante de então, em que apenas os homens tinham o privilégio de ser discípulos. Assim, escolha de Maria como mulher, mãe e discípula é a restauração da dignidade de toda mulher que aos olhos de Deus tem o mesmo valor inerente à dignidade humana.

Envolvimento

Angelo ressalta outro aspecto inovador da Oficina, que foi o envolvimento de diversas mulheres. “A partir de suas vidas, espiritualidades e profissões nos questionaram sobre a promoção, a defesa e a luta pelos direitos femininos. Numa sociedade ainda hoje marcada pelo machismo, misoginia e desigualdades sociais a que são submetidas”.

Por fim, o testemunho das mulheres foi uma fonte de encorajamento. De forma para revisitar a espiritualidade mariana e dessa forma criar engajamento como Instituição na construção de uma sociedade mais justa e solidária. Em que a figura de Maria continua sendo uma fonte de inspiração no seguimento de Jesus e numa nova forma de viver o cristianismo.