No último dia 22 de fevereiro terminou o Programa Espiritualidade do Coração, que aconteceu em Florianópolis, no Recanto Champagnat. Iniciado no dia 31 de janeiro, contou com 49 participantes de 13 Províncias Maristas.

Programação

Os primeiros dias de atividades foram conduzidos pelo Ir. Óscar Martin, Conselheiro Geral. Ele tratou com o grupo o tema da Espiritualidade do Coração, provocando os participantes sobre o significado de espiritualidade e interioridade. A discussão foi inspirada nos apelos do Capítulo Geral: “cultivar uma espiritualidade do coração que nos enche de alegria e nos faz inclusivos”.

Bem como para José Carcaño Espino, da Província México Central, há contribuição na experiência pela partilha entre os participantes e também no que é trazido por quem conduz o encontro. “Nos permitem questionarmos e nos permitem animarmos para seguirmos abalizando e aprofundando a espiritualidade Marista. Creio que é chave essa parte da espiritualidade do coração, porque nos leva a viver uma espiritualidade encarnada no cotidiano”, afirma.

Assim, na segunda semana de atividades, entre 5 e 10 de fevereiro, o professor José Antonio Manzanos promoveu dinâmicas e vivências com os participantes. O grupo teve momentos de meditação, consciência emocional e corporal como forma de se viver a espiritualidade. Um período de reflexão e meditação pessoal para cada um, de auto-observação.

Uma das representantes da PMBCS no evento, Josmari Pauzer afirma que, nos tempos atuais, fica cada vez mais difícil focar na interioridade, no crescimento espiritual em meio a rotina atribulada. “Hoje, mais do que nunca, o cultivo da interioridade é imprescindível. Cultivando a vida interior fortalecemos o amor pelo mundo e nossa comunhão com ele”.

Sendo assim, a terceira semana foi marcada pelos estudos sobre Maria. A assessoria foi conduzida pelo Ir. Ismar Portilla, da Província Norandina. Portanto, inspirados nos estudos da Bíblia, os participantes estudaram textos com a trajetória da Boa Mãe e sua importância.

 

Momento em Curitiba

Entre os dias 15 e 18 de fevereiro os participantes fizeram viagem até Curitiba, para conhecer mais sobre as raízes maristas. Dessa forma, eles estiveram no Memorial Marista, o Laboratório de Interioridade da PUCPR, além de aprenderem mais sobre a dimensão mariana de fraternidade.

O especialista de Identidade, Missão e Vocação da PMBCS, Angelo Ricordi, participou do evento e também conduziu atividades no Memorial Marista. Para ele, as ações, inspiradas no XXII Capítulo Geral do Instituto Marista, guiaram todo o encontro e também guiam as ações de quem por lá esteve. “Mais do que uma formação conceitual, foi uma experiência vivida em clima de abertura e sinodalidade, com rostos, culturas e línguas diferentes, mas que se conectaram em busca de um propósito comum: viver o carisma marista. Como consagrados, leigos e leigas, oferecendo a partir de nossas próprias vidas um testemunho de compaixão e alegria”, afirma.

De volta a Florianópolis, os participantes tiveram uma videoconferência com o Superior Geral, Ir. Ernesto Sánchez, sobre os apelos da Igreja Sinodal e também a Espiritualidade Marista. Conduzidos pelo Padre Vilson Groh, afiliado Marista, o grupo terá trabalhos sobre o tema “os pobres e os jovens na espiritualidade Marista”. Fechando o programa, o grupo esteve em retiro nos dias finais, com reflexões e uma síntese de todas as experiências vividas. Os momentos tiveram condução dos Irmãos Ángel Medina, diretor do Secretariado Irmãos Hoje, e Eder D’Artagnan, da Província Marista Brasil Centro-Norte.

Experiências

A Irmã Marista Maria Laura Soto, que vive em El Salvador, conta que o encontro permitiu a ela refletir sobre o trabalho que realiza com jovens. “Para mim foi uma experiência muito rica, de aprofundar a espiritualidade. De me dar um tempo para me fazer perguntas, para deixar-me questionar e para seguir reafirmando minha opção de vida”, conclui.

Ana Isabel Oliveira é da Província de Compostela, em Portugal, e ao participar do encontro percebeu uma identidade Marista mesmo existindo uma diversidade de culturas e pensamentos dos participantes, que vem de 13 províncias diferentes. “Temos experimentado seja conteúdos mais teóricos, mas também algo mais prático que nos vira para a interioridade e para a espiritualidade. Mas a experiência é igualmente rica exatamente também pelo contato uns com os outros”, afirma.