Gabriel Rivat, que mais tarde assumiu o nome religioso de Irmão Francisco, viveu profundamente sua fé, sendo sua mística traço forte da sua personalidade. Desde muito jovem transpirava mística em cada gesto do cotidiano. Aos 16 anos escreveu em seu diário em momento de oração: “Onde estaria eu sem vós? Mas como poderia estar mal convosco? Ó, meu criador! Meu Deus, e meu tudo! Ó, Jesus, amor de meu coração!”. Marcelino Champagnat reconheceu nesse menino uma luz especial, um amor pelas coisas dos céus. Ir. Francisco descobriu no caminho para seu coração o encontro com Deus.

Irmão Francisco e a mística

O artigo de Andreia Cristina Serrato, “Irmão Francisco e o ato de Consagração e União Perfeita”, publicado no livro Mística, sabedoria e autoridade no século XIX, apresenta uma reflexão sobre a mística do primeiro sucessor do Padre Champagnat na condução do Instituto Marista. A partir de uma análise profunda das anotações feitas durante os retiros espirituais, em especial do Ato de Consagração e de União Perfeita, fica evidente o equilíbrio que esse Irmãozinho de Maria teve entre a mística e a práxis. A influência de importantes referências da espiritualidade da época foram norteadores de uma fé sólida que buscava continuamente a vontade de Deus.

Somos convidados a experimentar essa espiritualidade apresentada pelo Ir. Francisco: unir a vida espiritual em seu cotidiano, em cada gesto, com a família, no trabalho duro, nas decisões e temores que podem surgir. A cruz, forte sinal da fé para Ir. Francisco, recorda e aproxima as nossas dores com as dores de Cristo. Nos mostra que nossa vida é espaço para revelação do mistério de Deus. “É na profundidade da carne que acontece a experiência de nossa fé” (SERRATO, p. 267).

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