Entre os dias 22 e 28 de janeiro, 35 jovens de toda a Província Marista Brasil Centro-Sul estiveram presentes na Missão Solidária Marista. Os participantes tiveram atividades onde puderam conhecer a comunidade em Paiçandu, no noroeste do Paraná, gestos concretos e atividades com as crianças. São jovens que já tiveram experiências solidárias maristas anteriormente e desejam seguir o itinerário de educação para o voluntariado e solidariedade.
Seguindo uma tradição da MSM, todos os voluntários estiveram hospedados em casas de famílias em Paiçandu. Dessa forma, existe a oportunidade de contato maior entre os jovens e a comunidade, podendo ao longo da semana realizar as atividades voluntárias e também passar momentos com as famílias.
O Irmão Nathan da Costa, um dos Irmãos presentes nos dias de Missão Solidária, ressalta que o evento lembra o compromisso de Champagnat de trabalhar com os mais necessitados. Ele também afirma que estar com as crianças e jovens “também ajuda na vocação própria do Irmão. Na vocação de reconhecer o seu trabalho, na missão de tornar Jesus Cristo conhecido e amado”.
Atividades em Paiçandu
Desde a chegada dos jovens voluntários em Paiçandu, algumas atividades aconteceram durante a semana, proporcionando o crescimento e experiências para os missionários que estão no itinerário de educação para o voluntariado e solidariedade.
Visitas solidárias
Os bairros próximos da Capela Santo Cura D’ars, em Paiçandu, receberam visitas dos voluntários. Eles puderam conhecer melhor o território e as pessoas que nele vivem, compartilhando experiências e histórias com a população local.
Visita à penitenciária
O grupo se dividiu e realizou visitas ao Complexo Penitenciário de Maringá. Uma das partes do complexo foi visitada e foi possível conhecer como a população carcerária vive e trabalha com atividades de ressocialização dentro daquele espaço.
Atividades com as crianças
Em duas ocasiões, os missionários tiveram atividades com as crianças. A primeira foi com as crianças próximas à capela do Monte Carmelo e a segunda em três espaços diferentes. Na Marista Escola Social Anita Cordeiro, Associação Projeto Estrela Mãe e na Ocupação Dom Helder Câmara.
Reciclagem do lixo
Em alguns dias das atividades, os jovens estiveram em uma das associações de reciclagem de lixo de Paiçandu. Eles puderam conhecer a estrutura de separação de todo o material recolhido na cidade. Além de ajudarem na separação dos materiais dos mais diversos tipos que são recebidos pela associação, precisando ser separados devidamente para que ocorra a reciclagem.
Horta comunitária
Houve também a atuação dos participantes para a formação e começo de uma horta comunitária, localizada na Ocupação Dom Helder Câmara. Essa horta contará com verduras e legumes que contribuirão na alimentação de todas as famílias que vivem no espaço.
Formações
Durante todos os dias de Missão Solidária, os participantes tiveram, pela manhã, diversas formações. Elas buscaram informar melhor sobre a realidade local, com pessoas da comunidade e que atuam em prol dos mais necessitados. Além de encontros com o Superior Provincial, Irmão Benê Oliveira, e o Irmão Dario Bortolini. E um encontro com o Arcebispo de Maringá, Dom Frei Severino Clasen. Entre si, os jovens também puderam partilhar diariamente as experiências que viveram e puderam, no dia final, pensar nos próximos passos que podem seguir.
O Irmão Benê ressalta a importância de “ações educativas, fundadas em princípios éticos. Que despertem uma indignação ativa diante de qualquer agressão contra a Terra, a Vida e a Dignidade Humana. O que demanda tempos e espaços educativos transformadores, criadores de um mundo “inédito, mas viável”, fundado na solidariedade, na democracia, na justiça, na espiritualidade e na paz”. O Irmão Benê também fala da beleza de se confirmar como a MSM é um programa consagrado e persuasivo para desenvolver a cultura e a prática da solidariedade e do voluntariado na PMBCS.
Aprendizados para o futuro
Durante a semana, Paula Di Domenico, Analista de Pastoral na PUCRS, participou das atividades para levar a experiência e vivência da MSM para o Rio Grande do Sul. “Cada espaço de missão foi muito significativo e teve impacto por me dar um novo ponto de vista sobre cada realidade, fazendo-me questionar e analisar cada contexto de maneira diferente. Podendo, a partir de agora, levar meu testemunho e essa vivência para outros espaços, sendo o primeiro deles a PUCRS”, conclui.
Fabrícia Leite, voluntária do Colégio Marista Santa Maria, de Curitiba, afirma que a MSM “não é um ciclo que se encerra aqui, e sim um combustível para assumir o compromisso com o outro. Que deve se estender ao nosso projeto de vida de maneira diária”, conclui. O Irmão Nathan reforça comentando que os jovens não precisam apenas atuar pelo próximo durante os dias em que a MSM ocorre. “Eles podem ser agentes de transformação não apenas durante sete dias numa Missão Solidária, mas se não por toda a vida. Onde eles estão, onde eles trabalham, com o que eles fazem”.