Em 2019, como parte das comemorações dos 230 anos do nascimento de São Marcelino Champagnat, a equipe do Memorial Marista lançou o livro Nossos Superiores Gerais, que reúne a biografia dos dez primeiros sucessores do fundador do Instituto Marista. 

O primeiro capítulo foi escrito por Guy Chastel e apresenta a vida e a obra do Ir. Francisco, que exerceu a função de Superior Geral de 1839 a 1860 e sempre confiou na continuidade da missão e no projeto de vida que Deus lhe apresentava. 

Confira uma síntese desta biografia, elaborada por Angelo Ricordi, colaborador do Memorial Marista que participou da edição da publicação.

Irmão Francisco (1º Superior Geral, 1839-1860)

Gabriel Rivat nasceu em 12 de março de 1808, no povoado de Maisonnettes, na paróquia de La Valla-en-Gier, Departamento de Loire (França). Foi o sexto candidato recebido por Marcelino Champagnat, que tinha iniciado a Congregação dos Irmãos Maristas no dia 2 de janeiro de 1817, com a finalidade de catequizar e instruir os meninos e jovens do ambiente rural. Em 1819, Gabriel Rivat passou a se chamar Irmão Francisco.

A partir de 1835 tornou-se o braço direito de Marcelino Champagnat na administração da casa de l’Hermitage. Em 1839, diante do agravamento da saúde do padre Champagnat, foi eleito Diretor Geral dos Irmãos Maristas, tendo como seus assistentes, os Irmãos Louis-Marie e Jean-Baptiste Furet. 

Ele assumiu a Congregação ainda na sua fase de estruturação. Sua principal preocupação foi manter vivo entre os Irmãos o espírito do Fundador e, consequentemente, dar prosseguimento ao reconhecimento legal do Instituto pelo governo francês, objetivo alcançado em 1851. 

Em 1852, por ocasião do segundo Capítulo Geral do Instituto, passou a ser chamado Superior Geral. Na sua gestão foram aprovadas as Regras Comuns (1852), o Guia das Escolas (1853) e as Regras de Governo (1854). Durante seu governo, em 1856, foi publicada a Biografia oficial de Marcelino Champagnat. Em 1860, por ocasião do III Capítulo Geral do Instituto, apresentou sua renúncia como Superior Geral e foi sucedido pelo seu primeiro Assistente, Irmão Louis-Marie. Em sua gestão, o Instituto conheceu um grande desenvolvimento no número de Irmãos, passando de 280, no ano do falecimento do Fundador, em 1840, para mais de 2000 Irmãos, em 1860. 

Seu grande mérito foi conduzir com segurança a Congregação após a morte do Fundador e consolidar os elementos da organização e espiritualidade, por meio dos textos legislativos e espirituais. Fez a primeira síntese da espiritualidade marista ao escrever a Circular “Espírito de Fé”, em 1848 e em 1853. Preencheu inúmeras cadernetas com manuscritos que tratam sobretudo de temas espirituais. Também escreveu muito sobre botânica, aritmética, álgebra, cosmologia e química. Além disso, em milhares de cartas administrativas ou de cunho pessoal, ele se revela como um grande mestre espiritual para os Irmãos. 

Depois que renunciou ao cargo de Superior Geral, viveu ainda vinte anos na casa de l´Hermitage. Faleceu em 1881.

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Para saber mais sobre as características do Ir. Francisco e o contexto que permeou sua gestão, acesse a versão digital do primeiro capítulo do livro Nossos Superiores Gerais

Nos próximos meses, todos os capítulos desta publicação serão disponibilizados virtualmente, para que mais pessoas possam conhecer melhor a história do Instituto e dos Irmãos que ajudaram a consolidar, expandir e inspirar a continuidade do sonho de Champagnat.