No dia 27 de maio, a Fraternidade Irmão Celso Conte, de Florianópolis SC, visitou a Aldeia Guarani Tekoá Uy’a (Aldeia Feliz), em Major Gercino. Uma aldeia com 150 indígenas aproximadamente, dentre adultos e crianças.

Confira o relato da visita:

Juntamente com os fraternos, levamos alimentos, várias cestas básicas, roupas, material de limpeza e higiene e para as crianças umas guloseimas para alegrar o momento.

“O gesto de solidariedade que a nossa fraternidade Ir Celso Conte realizou no mês de maio, estava em conexão com a campanha da fraternidade/23. Foi uma benção para nós que a realizamos e com certeza para os que receberam. Sair da nossa cultura, da nossa bolha, adentrar, acolher e se enriquecer com nossos irmãos indígenas, foi para mim o que aconteceu de melhor em nossa fraternidade neste ano de 2023. Este gesto fraterno só foi possível porque cada fraterno foi solícito, prestativo e solidário. Parabéns a todos nós.”

Como surgiu a ideia de realizarem com os indígenas o gesto concreto deste ano?

Antecipadamente, a ideia de visita surgiu de um pequeno relato de uma de nossas integrantes do grupo dos fraternos, que já havia visitado a aldeia em uma outra ocasião e trouxe um pouco da cultura e necessidades observadas.

Como foram recebidos?

Primeiramente, fomos muito bem acolhidos pelo Cacique e Pajé da aldeia, a língua tupi-guarani predominava e poucos falavam a língua portuguesa, o que foi observado não só entre as crianças, mas entre os adultos.

Como foi a interação entre eles e vocês?

Na sequência, compramos artesanatos das famílias e nos dispersamos entre eles, na aldeia. Cada um do grupo viveu uma experiência diferente. No dia havia um campeonato entre tribos e observamos maior presença das mães e suas crianças.

“Embora já tivesse participado de outras visitas e outros contatos com o povo Guarani, retornar à aldeia em forma de missão é sempre gratificante. Sempre somos acolhidos muito bem pela Comunidade. O que mais me chama a atenção é a alegria das crianças, estão sempre felizes e são muito carinhosas.”

Experiência gratificante

“Grata pela oportunidade, e ansiosa pela próxima visita. Neste dia o gesto de entrega, divisão e solidariedade encharcou meu coração, em conversa com uma mãe da aldeia, também artesã, fui surpreendida pelo seu relato de que eles percorrem 98km da Aldeia Feliz até o centro de Florianópolis, quase todo dia para ali expressar seus preceitos culturais.”

“A chegada na aldeia foi acolhedora pelo cacique. A entrega dos itens para as crianças foi muito legal. Visualizar como eles vivem, sua história, as mães cuidando dos seus filhos, os trabalhos que eles fazem para conseguir um pouco de renda, foi bem interessante. Fiquei com vontade de entrar em alguma das casas que eles moram. A maneira que fazem suas comidas, suas crenças, a escola das crianças são algo que nunca tinha vivido e foi muito bom para termos esta noção.”

“Tivemos a oportunidades de conhecer uma nova cultura, artesanatos, e escutar um pouco das necessidades e sonhos da comunidade indígena”.

A saber, para a chegada na aldeia tivemos o imprevisto de um dos carros quebrar, o que não nos desanimou; a situação serviu de combustível para que todos se unissem em prol da comunidade que iriámos visitar, era um misto de alegria, curiosidade e determinação. Todos prontamente se organizaram nos carros e seguiram na estrada até a chegada.

Ademais, o cacique foi extremamente acolhedor, fala muito bem o português, e nos contou sobre a vontade de reformar o local sagrado da comunidade. Compartilhou que a escola era recém-construída e que na atualidade havia uma diretora de fora, mas a intenção seria passar os ensinamentos aos da comunidade. Foi uma experiência enriquecedora, e saímos do local com vontade de retornar.

Animadores Kyvia Ap. da Silva e Fabiano Duarte, Irmão Assessor Pedrinho Tambosi