No dia 28 de outubro de 1816, Marcelino Champagnat foi chamado para ir até a casa de um carpinteiro em Les Palais, povoado localizado nas proximidades de La Valla, na França. O motivo da visita era atender ao jovem João Batista Montagne, que se encontrava no leito de morte. 

Naquela ocasião, foi uma surpresa para o Padre Champagnat ver que o rapaz de 16 anos desconhecia a existência de Deus. Com paciência, solidariedade e amor, preparou-o para o falecimento. Porém, inegavelmente, aquele momento mudou sua vida para sempre.

Jovem Montagne e o impulso para a ação

O encontro com o jovem Montagne despertou muitas reflexões e vontade de agir. Marcelino compreendeu que não se tratava de um caso isolado, mas de uma realidade presente em muitas famílias. 

Impulsionado pela certeza de que não podia mais esperar, meses depois Marcelino decidiu fundar o Instituto dos Pequenos Irmãos de Maria, dando origem à obra que conhecemos hoje.

Atualidade da missão

O que podemos aprender com essa história de mais de 200 anos? 

Além da atenção dada aos sentimentos que essa situação proporcionou e ao chamado que ela representou, podemos nos ater ao próprio ato de ir ao encontro. Marcelino caminhou por várias horas para chegar à casa do jovem enfermo. E foi até lá independentemente das crenças de quem o chamou. 

Por isso, recordar este acontecimento tão marcante da história da obra marista é uma maneira de nos lembrarmos da essência e da urgência de nossa missão. Quem são os Montagne de hoje em dia? Onde eles estão? Estamos dialogando com as crianças e jovens sobre o infinito amor que Deus tem por elas?

Embora tenham se passado mais de dois séculos, esse ensinamento continua tão atual quanto nos tempos de Champagnat.