É possível ser feliz seguindo um caminho que poucos entenderão? Como ser realizado sem o aplauso de muitas pessoas, sem a fama ou a popularidade? Afinal, quem segue a vida religiosa consagrada é feliz? 

E se for possível, vale a pena um estilo de felicidade desta forma? No texto de hoje, vamos ajudar a esclarecer essas dúvidas. 

 

“Deus ama quem doa com alegria”
2 Cor 9,7

A busca pela felicidade

Nós humanos sempre buscamos a realização. Alguns passam a vida inteira tentando e muitas vezes se frustram por não terem alcançado a felicidade que idealizaram.

Outros contagiam ambientes, animam outras pessoas e geram esperança. Quando analisamos a fundo essas pessoas, percebemos pouco, ou nada, daquelas coisas que pensamos trazer felicidade.

A verdade é que as nossas vidas não são homogêneas, retilíneas ou exatas. Ela também não é tão perfeita, já que depende de muitos fatores, como da nossa capacidade de buscar as coisas, da compreensão sobre a sociedade e da conexão com as outras pessoas, que também são imperfeitas e têm seus próprios desejos. 

E é exatamente por isso que é quase impossível ser feliz a todo momento. A felicidade deve ser um estado de espírito, um estado de vida que permeia tudo o que somos e fazemos. 

 

“quando a vida interior se fecha nos próprios interesses” e “não há mais espaço para os outros”, não se deleita mais “da doce alegria”. De fato “não se pode ser feliz sozinhos”
Papa Francisco

A felicidade na vida religiosa consagrada

Retomando ao título, é possível ser feliz sendo um religioso que não se casa e que ao mesmo tempo não é padre? 

Além disso, como ser feliz com tantas notícias ruins, como a violência, falta de alimento, crianças sem educação, entre outras coisas?  

Veja, a resposta é “Sim, é possível ser feliz”. Afinal, como comentamos anteriormente, a felicidade é um estado de espírito e uma opção de vida. Podemos traçar um caminho para nossas vidas que nos realize pessoalmente e ainda contribua com os desafios do mundo. 

Sendo um religioso, você encontra a felicidade de várias formas. Para nós, Maristas, por exemplo, a felicidade está especialmente no carisma de Champagnat. Vamos conhecer um pouco mais? 

 

Sou feliz, sou Irmão Marista

A felicidade do carisma Marista está no jeito mariano e apostólico de ser, na vida em comunidade, no auxílio e educação de crianças, na Igreja e, sobretudo, na graça de Deus. 

 

Não se vendem dois pardais por alguns trocados? No entanto, nenhum deles cai no chão sem o consentimento do Pai de vocês.
Mateus, 10, 29-30

 

Assim, ser Irmão Marista representa uma graça e, como o próprio nome já diz, nos torna irmãos uns dos outros. 

A irmandade e fraternidade nos coloca na mesma experiência de vida que todos. Sem ser superior ou inferior, mas sim, irmãos. Não temos hierarquia e nem lugares de destaque.

Encontramos a felicidade na doação ao outro. Buscamos um mundo mais igual e digno para todos, promovendo a vida por meio da educação aos mais necessitados. 

Estudamos e atuamos com aquilo que nos deixa felizes nas mais variadas esferas do conhecimento, pois para ser um educador de qualidade é preciso estar preparado para tal. 

Quando falamos da vocação de Irmão, enfatizamos, e aqui te convidamos a refletir, que somos o rosto de Cristo-Irmão na sociedade e na Igreja.

 

Gostam de ser cumprimentados nas praças públicas, e de que as pessoas os chamem mestre. 8 Quanto a vocês, nunca se deixem chamar mestre, pois um só é o Mestre de vocês, e todos vocês são irmãos.
Mateus, 23, 7-9

 

E é neste mesmo estilo de relação da Trindade que buscamos força e nos apoiamos mutuamente. Moramos, vivemos e partilhamos entre Irmãos.

 

“Digam dos Irmãos Maristas como dos primeiros cristãos: Vede como se amam” (Champagnat).

 

Pois bem, assim sendo, com todas estas dádivas que nos presenteia a vida religiosa consagrada, vamos construindo no dia a dia a felicidade. Em projetos, aulas, formações, catequeses, acompanhamento espiritual, solidariedade e por aí vai.

Em cada conquista vamos nos realizando, nutrindo nossa vocação e deixando nosso estado de espírito cada vez mais feliz. 

A afirmação, portanto, é essa: Sou feliz, sou Irmão Marista. E como decidir ser um Irmão Marista, frente a todas as possibilidades que o mundo atual nos oferece? 

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