Marcelino Champagnat deixou como legado três principais virtudes: simplicidade, unidade e modéstia. Dentre elas, a simplicidade se relaciona diretamente com um dos lugares de maior importância para o Fundador e a celebração do Natal em família: o presépio.

 

Afinal, seu amor e devoção a Jesus Cristo estava presente em suas meditações diárias. E, ao final de cada ano, se dedicava a pensar em cada detalhe para a celebração de seu nascimento. Na noite de Natal, orientava que um presépio fosse montado para representar o divino nascimento. Depois, reunia a comunidade para adorar o Salvador deitado na manjedoura. Assim motivava os Irmãos a viverem esse momento de ternura e simplicidade:

“Ah! Meus Irmãos, […] contemplem o divino Jesus deitado no presépio, carente de tudo; estende as mãozinhas, convidando-nos a nos aproximar dele, não para nos fazer participar de sua pobreza, mas para nos enriquecer com seus dons e suas graças. Fez-se criancinha e reduziu-se a tal estado de despojamento para conquistar o nosso amor, fazer-se amar, e para libertar-nos de qualquer temor. Nada mais encantador do que uma criança: sua inocência, simplicidade e doçura, seus afagos e sua própria fraqueza são capazes de como ver e arrebatar os corações mais empedernidos e insensíveis”.

 

E Champagnat continua:

“Porque então não amar a Jesus, que se fez criança para testemunhar-nos o extremo de seu amor e para fazer-nos compreender que tudo obteremos dele? Nada mais amável, nada mais afável: dá tudo, perdoa tudo e tudo esquece. Uma bagatela enche-a de alegria, sossega-a e satisfaz. Não traz nem fiel, nem amargura no coração. É só meiguice e ternura. Vamos, pois, para junto do divino Infante, cujo coração tem todas as perfeições divinas e humanas. Mas vamos pelo caminho da humildade e da mortificação. Peçamos-lhe essas virtudes. Peçamos-lhe o amor e tudo de que precisamos. Ele nada pode recusar-nos”.

 

Jeito Marista de celebrar o Natal em família

Há um jeito marista de montar o presépio para o Natal e de o incluir em nossas experiências familiares. Esse jeito é permeado pela virtude da simplicidade. É o que nos diz o documento Água da Rocha, sobre a espiritualidade dos Maristas de Champagnat:

“inocência, a simplicidade, a ternura e, mesmo a fragilidade de um Deus que toca os corações mais insensíveis. […] Não há lugar para medo de um Deus que se tornou criança. Relacionamentos com o Deus, que armou sua tenda entre nós e a quem podemos chamar de irmão” (Água da Rocha, pg. 28).

 

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